Como os nossos comportamentos afetam as nossas decisões financeiras

A parte financeira é uma das mais importantes dentro da nossa rotina, saber gerenciar seu dinheiro e traçar o caminho certo para cada real é fundamental para o seu sucesso pessoal e até mesmo profissional, mas por mais que tentemos agir apenas de forma racional, muitas vezes o lado financeiro acaba se envolvendo com a parte emocional, muito mais do que deveria acontecer. 

 

Por mais que você pense apenas de forma racional e planeje o gasto de cada cédula de forma inteligente, fazendo bons investimentos ou comprando um álcool isopropílico que é considerada uma necessidade momentânea, às vezes você vai se deparar com alguns gastos financeiros vinculados a suas emoções e ao seu comportamento. 

 

Sendo assim, ser racional pode não ser o suficiente, e a parte comportamental também pode afetar diretamente as suas decisões financeiras, por mais concentrado e focado que você esteja, grande parte das suas tomadas de decisões podem ser feitas de forma onde o coração agiu mais do que a razão. 

 

No texto de hoje nós iremos mostrar como os nossos comportamentos afetam as nossas decisões financeiras, bora conferir o quanto o seu lado comportamental pode afetar uma tomada de decisão e como isso impacta na organização das suas finanças? Então vamos lá!

 

Como os comportamentos afetam as decisões financeiras?

 

Falando exclusivamente sobre a parte financeira, a grande tendência é sempre agir de forma racional, seja em um investimento que está sendo feito ou na compra de um produto, tudo deve ser feito de forma racional, pensada e planejada, mas o problema é que as coisas nem sempre são assim, e como em outras áreas do nosso cotidiano, a parte financeira também acaba sendo impactada diretamente por nossos comportamentos e gerenciamento de emoções. 

 

Ao tomar uma decisão, por mais racional que você procure ser, talvez algum gatilho mental seja disparado, uma lembrança resgatada ou até mesmo uma emoção pode ficar à flor da pele, resultando em uma escolha diferente daquilo que você tinha planejado, isso se caracteriza como um ato comportamental.

 

Um exemplo claro disso é comprar um produto que você não precisa, mas que ao passar no shopping acabou ficando encantado e sentiu necessidade em sua aquisição, como uma forma de se recompensar, ou dentro da sua carteira de investimentos, ao não obter os resultados esperados, é natural investir o dobro para alcançar seu objetivo, o que acaba mudando toda a sua configuração racional e até mesmo resultando em prejuízos de acordo com o que tinha planejado. 

 

Sem dúvidas, os comportamentos impactam negativamente as nossas decisões financeiras, podendo causar prejuízo, para entender melhor sobre os comportamentos e suas influências, separamos alguns casos comportamentais que impactam diretamente a sua tomada de decisão vinculada às finanças, confira!

 

Aversão à perda

 

A aversão à perda é um viés comportamental muito conhecido principalmente pelos investidores, ele corresponde a pessoa que se impacta mais negativamente com a perda do dinheiro do que a celebração com o conquistado, ou seja, a dor causada pelo prejuízo é maior do que a felicidade obtida com o ganho equivalente. 

 

Isso faz com que a pessoa pense duas vezes antes de executar uma nova ação, traçando um perfil mais conservador com medo de uma nova perda ou até mesmo mais agressivo, tentando recompensar aquilo que perdeu.

 

Isso pode fazer com que o investidor tire o dinheiro no qual iria comprar seu novo transformador de solda e invista em algum novo investimento tentando recuperar o dinheiro de forma inconsequente. 

 

Excesso de confiança

 

Se por um lado a aversão à perda pode gerar um perfil mais conservador e que sente muito mais um prejuízo do que um ganho, o excesso de confiança representa alguém que vai além de suas limitações e que pode acabar tomando prejuízo justamente por achar que conhece mais do que realmente sabe. 

 

Quando um investidor novato já começa colocando uma banca alta na sua carteira de apostas mesmo sem entender nada sobre os tipos de investimento, podemos declará-lo como excesso de confiança, ou seja, ele está indo além das suas limitações e realizando atitudes que acabam sendo acima daquilo que ele tem disponível. 

 

Isso provavelmente, vai fazer com que ele tome decisões financeiras mais arriscadas e menos garantidas, além, é claro, de aumentar seus investimentos e seus gastos achando que está no controle da situação, quando, na verdade, as coisas estão bem mais nebulosas do que ele imagina. 

 

Viés de otimismo ou pessimismo

 

O otimismo e o pessimismo também estão presentes em termos comportamentais que afetam suas decisões financeiras, uma pessoa otimista demais tende a gastar mais o seu dinheiro ou tomar decisões visando sempre o lado bom das coisas, alguém desempregado, por exemplo, ao sair de uma entrevista pode comprar uma roupa nova mesmo sem saber se foi ou não aprovada, mas sendo otimista ela já realiza alguns prognósticos prévios. 

 

Sendo assim, ela monta um quadro de distribuição com pensamentos e ideias para o seu futuro, mesmo se ele for recheado de incertezas, já o pessimista vai acabar desistindo de tudo e olhando cada ação com negatividade, isso faz com que ele simplesmente não gaste seu dinheiro, não invista, e talvez nem compra as coisas básicas para ele. 

 

Com o pensamento que tudo irá dar errado, o pessimista simplesmente prefere não gastar dinheiro e nem tomar uma ação mais arriscada o que acaba prejudicando bastante as suas finanças, o ideal é sempre equilibrar as ações, nem otimista demais, nem pessimista demais. 

 

Viés de confirmação

 

Por fim temos o viés de confirmação, aqui as pessoas agem de forma fixa com a cabeça fechada e com os pensamentos vinculados apenas naquilo que eles acreditam, sem buscar outras alternativas, atuando sempre com a sua convicção sem olhar para o lado e buscar outras respostas. 

 

Um claro exemplo é nos investidores que mesmo após anos, continuam investindo apenas na renda fixa como a poupança, tendo uma margem mínima de lucro, mas se mantendo com a cabeça fechada para o mundo das variáveis e as demais oportunidades de mercado. 

 

Outro exemplo é em relação às compras de produtos ou serviços, ao traçar sempre o mesmo passo sem pesquisar as opções de mercado, o valor pode ser muito mais alto e os gastos poderiam ser reduzidos caso as escolhas fossem feitas de forma diferente. 

 

O que fazer para agir de forma mais racional e menos comportamental?

 

Como citamos ao longo do texto, atuar de forma racional é crucial dentro das decisões financeiras, mas nem sempre é simples ter uma atitude 100% pensada, é comum que o nosso comportamento influencie nas tomadas de decisão, por tanto é preciso manter a calma e entender o cenário antes de tomar qualquer atitude. 

 

Se você se identificou com algum dos vieses citados acima, é hora de compreendê-lo melhor, fazer uma análise sobre seu comportamento financeiro, manter a calma e buscar sempre seguir o cronograma, assim como na construção de uma casa, a demolição controlada é um artifício já visto com antecedência, aqui tudo é preciso olhar com calma e de forma prévia.

 

Avalie o cenário no qual você se encontra, tente ter um planejamento prévio e tome decisões baseadas no lado racional, evite ter certos tipos de comportamento e faça com que suas emoções não influencie nas suas escolhas, seja coerente, respire fundo e seja assertivo nas suas tomadas de decisão. 

 

O que achou do texto de hoje? Deixe a sua opinião nos comentários abaixo e não se esqueça de compartilhar com seus amigos e familiares caso tenha gostado do conteúdo, até a próxima!

 

Esse artigo foi escrito por Iago Lourenço, criador de conteúdo do Soluções Industriais. 

 

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